sábado, 11 de dezembro de 2010

Globo corta cena de beijo gay da série "Clandestinos - O Sonho Começou" ...




Aconteceu de novo. Como na novela América, em 2005, a Globo cortou um beijo entre dois homens. Desta vez, a cena iria ao ar no episódio de ontem (9/12) da boa série Clandestinos - O Sonho Começou.
No episódio, o ator Hugo (Hugo Leão) aparece para fazer teste para o elenco da peça de teatro que Fábio (Fábio Henriquez) está montando ao lado de sua parceira e assistente Elisa (Elisa Pinheiro).
Mas Hugo e Fábio já se conhecem. Foram amigos no colégio, em Brasília, onde deram os primeiros passos no teatro amador. Depois de uma desastrada atuação em uma biblioteca, os dois se separaram e ficaram anos sem ver.
Ao reconhecer Hugo, Fábio sobe ao palco para abraçá-lo. Mas o cumprimento dos dois é com um beijo na boca. Não é um beijo, digamos, "de amor", mas é mais demorado do que um "selinho".
Ambígua, a cena desperta a curiosidade de Elisa. "Eu não conhecia esse seu lado liberal", diz ela para um incomodado Fábio, aparentemente heterossexual. "Por que você nunca me falou desse seu passado, hein?", provoca. E o episódio se constrói sobre esse suposto mistério que, o público descobrirá mais tarde, não tem nada de sexual.
A Globo, no entanto, cortou a cena a partir do momento em que Fábio e Hugo se aproximam, aparentemente para um abraço. A sequência da história, no entanto, deixa no ar que foi mais do que um abraço.
A imagem do beijo, porém, vazou na web na manhã desta sexta-feira. Está no site Vimeo (clique acima e confira).
Em entrevista ao jornal Agora da última quarta-feira, o diretor e criador deClandestinos, João Falcão, disse que gravou a cena do beijo apenas para levantar dúvidas em Elisa sobre o passado de Fábio.
"O programa deixará essa pergunta no ar", disse Falcão ao Agora, negando a pretensão em quebrar tabus: "Só me dei conta disso a partir do momento em que os atores e amigos começaram a comentar".
Em nota oficial, a Globo afirmou que utilizou os recursos artísticos mais adequados, incluindo a edição da cena, para contar uma história de amizade.

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